quarta-feira, 20 de maio de 2009

A pesca maravilhosa


Lucas narra a experiência vivida por Pedro durante a pesca maravilhosa. Confiando em Jesus, apesar de haver pescado a noite inteira naquele mesmo local sem sucesso, ele lança suas redes. O resultado da pesca é tão grandioso, que Pedro precisa de seus amigos para carregar os peixes.
Após a ministração do Pastor Mateus no último domigo, comecei a refletir sobre as espécies e os gêneros dos peixes que estariam naquela rede, e o que eles significavam.
Como os peixes em questão não foram fossilizados, mas sim, possivelmente vendidos pela multidão maravilhada que acompanhou o milagre, concentrei meu pensamento no seu significado.
Os peixes contidos naquela rede representavam a satisfação de todos os anseios humanos:
- sucesso financeiro: com a venda daqueles peixes, Pedro poderia comprar barcos maiores, contratar mais trabalhadores e prosperar;
- poder: Pedro teria mais poder, um homem com vários servos teria uma forte influência;
- estabilidade: Pedro poderia ficar tranquilo com o seu futuro;
- respeito: geralmente as pessoas admiram e respeitam aqueles que alcançam grandes feitos, etc
Podemos usar Deus para alcançar todas essas coisas e viver uma vida tranquila aos olhos humanos, mas estaremos no meio da multidão, vivendo à margem do projeto de Jesus para as nossas vidas.
Pedro, não hesitou, largou tudo (o barco, a rede, os peixes, etc) e seguiu Jesus, e nós, o que faremos?

segunda-feira, 11 de maio de 2009

Meu pai

Olho o caminho adiante
Vejo marcas
No meio da lama
Rochas direcionam o caminho
Nas terras secas
Marcas de pés aprofundam a terra.

Ao pisar na rocha
Paro e reconheço
As marcas das mãos
Meu pai as colocou ali
Quando me ajoelho
Agradeço
As minhas lágrimas de alegria
Lavam a rocha
Os dedos estampados
Que antes pensava ser de barro
São de sangue

Ao entrar nas terras secas
Piso nas marcas profundas
Reconheço os pés
Meu pai pisou aqui
Ao andar adiante encontro
Tesouros terrenos ao redor
Meu pai esteve aqui...
Os deixou para me carregar...
E indicar o caminho

Choro e agradeço

Deus obrigado
Meu pai, verdadeiro reflexo da Tua glória.

domingo, 10 de maio de 2009

Poesia III

Liberdade quero
Labirinto não
Liberdade quero
Angústias não

Em nada me apego
Não aguardo
Me inquieto
Nu e quebrantado

Na mesa não me sento
Sem convite
Sem permissão

Como o pão
Onde ele está
Sem prato nem talher
Liberto.

sexta-feira, 8 de maio de 2009

Dica de leitura


Você está decepcionado com Deus? Você acha que Deus está calado? Você acha que Deus é injusto? Você acha que Deus está escondido? Você acha que Deus... São tantas perguntas que enfrentamos em nossas mentes e sempre surgem nos momentos mais difíceis de nossas vidas.

Quem nunca pensou que Deus poderia realmente estar calado nos dias de hoje, diante de tantos problemas, tragédias e angústias pessoais. As perguntas são naturais, mas será que somente nós enfrentamos estes questionamentos?

Neste livro, Philip Yancey encara o desafio de responder estas grandes questões humanas a partir do encontro com uma pessoa chamada Richard, que questionou a ele se Deus realmente está calado, escondido e se Ele era injusto.
No início do livro, Yancey, faz uma leitura do velho testamento e descobre as maneiras que Deus falava com o Seu povo, desde o Jardim do Éden até os profetas. Mas é através do livro de Jó que Yancey inicia o processo de responder a estes questionamentos. Será que Deus ficou calado diante das questões enfrentadas por Jó em sua vida? Isso você descobrirá durante a leitura do livro.

Outras questões fundamentais ao nosso amadurecimento cristão são abordadas com maestria pelo autor, como escutar a Deus no mundo de hoje? Como Deus atua?
O livro é recheado de testemunhos de pessoas que enfrentaram questões duras e difíceis, mas elas enxergaram Deus nessas situações. Você precisará investir alguns momentos para descobrir.
Resumindo, o livro é uma obra fundamental para a biblioteca daqueles que desejam se aprofundar no rio da verdade Divina.


quinta-feira, 7 de maio de 2009

Poesia II

Tu és mestre
Me ensinas 
Onde colocar
Meus pés e mãos.

Tu és mestre
Indicas o lugar
Onde estar e louvar.

Tu és mestre
Ensinas
Agir
Pensar
Falar.

Tu és mestre
Meu Senhor
Meu viver.

Poesia I

Do encanto do primeiro encontro
Uma suave chama
Ainda brilha.

Palavras pronunciei
Palavras ouvi
As minhas já se foram
Uma ecoa.

A alma abatida
O riso falso
A paz perdida
Desfaleceram ao encontro.

Chama suave e eterna
Um primeiro encontro
Eterno.

Liberdade para amar

Muitos passos deram os cristãos, desde a igreja primitiva, muitas escolhas, muitos caminhos, muitos acertos e tantos outros erros.

Os erros que muitos cometem hoje poderiam ser evitados se atentássemos aos escritos Bíblicos, sempre atuais e práticos. Nós, os cristãos, erramos muito, e não são erros que são “lançamentos”, são aqueles mesmos, empoeirados e velhos, imperfeitamente maquiados, mas incansalvemente praticados.

Lendo o livro de Gálatas Paulo puxa nossas orelhas. Mostrando nossa realidade, comparando-a com as que ele vivia. Ai de mim, se eu encontrasse com ele em certas situações, com certeza a bronca seria maior que deu em Pedro.

Nós, que vivemos como cristãos, temos um dificuldade enorme de nos concentrar e praticar a palavra de Deus. Buscamos sempre a comprovação externa de verdades que são unicamente internas. Buscamos ver certas atitudes, certos comportamentos que seriam a nossa roupagem cristã, mesmo sabendo que os verdadeiros adoradores adoram com seu coração, totalmente desvinculados de lugares e coisas.

Por que somos cristãos? Freqüentamos certos lugares, vestimos determinadas roupas, lemos uma pequena leva de autores “espirituais”, comemos e bebemos coisas “santas”, nos relacionamos com um número X de pessoas, etc. Quanta carga, quanto peso; totalmente desnecessários e impraticáveis em sua essência.

Pedro, durante sua caminha cristã, cometeu um erro grave, e Paulo, abertamente o criticou. Pedro estava ressuscitando o legalismo, estava valorizando as condições externas, vivendo em contradição ao evangelho ensinado por Jesus.

Quantas vezes não fazemos isso, encontramos autoridade “não sei aonde” e criamos novas prerrogativas para o ser cristão: o crente não pode beber, o crente deve fazer isso, o crente deve comer aquilo, etc. O que Jesus pensa disto, será que Ele mudou de idéia?

Ser cristão não está limitado ao universo exterior, onde tudo é palpável, tudo é visível, tudo é explicável. Ser cristão é viver uma nova vida, a partir de um universo todo novo, um universo interior, habitado, arrumado, construído, por Jesus.

Somente quando o universo do nosso coração é habitado por Jesus, temos amor ágape, somente assim somos capazes de entender a fugacidade daquilo que nossos olhos vêem e das coisas que podemos tocar.

Assim, somos capazes de amar o pobre, o rico, o maltrapilho, o limpo, o sujo, o “santo”, o bêbado, tantos outros e entendemos o verdadeiro sentido disso tudo: da igreja, de nós, de Deus e do mundo.

Vivendo assim, somos capazes de sentar na mesa de um bar com aquele velho amigo (ás vezes esquecido) que está prestes a acabar com sua vida, sua família, pois está desempregado, perdido, sem rumo e necessita desesperadamente da nossas palavras sobre Jesus e a salvação que obtivemos através dele. Sentados ali, preocupado somente com ele, e não atentando aos olhos daqueles que conseguem somente ver o universo externo rodeando a mesa, incapazes de ouvir nossas palavras, incapazes de ver o Espírito Santo ardendo em nosso coração, colocando palavras em nossa boca e levemente acariciando o coração e a alma daquele nosso amigo que, possivelmente, aceitará Jesus.

Somente assim, sou capaz de “ser cristão”. Assistindo de primeira mão a reconstrução de meu universo interior pelas mãos do nosso Senhor.