quinta-feira, 7 de maio de 2009

Liberdade para amar

Muitos passos deram os cristãos, desde a igreja primitiva, muitas escolhas, muitos caminhos, muitos acertos e tantos outros erros.

Os erros que muitos cometem hoje poderiam ser evitados se atentássemos aos escritos Bíblicos, sempre atuais e práticos. Nós, os cristãos, erramos muito, e não são erros que são “lançamentos”, são aqueles mesmos, empoeirados e velhos, imperfeitamente maquiados, mas incansalvemente praticados.

Lendo o livro de Gálatas Paulo puxa nossas orelhas. Mostrando nossa realidade, comparando-a com as que ele vivia. Ai de mim, se eu encontrasse com ele em certas situações, com certeza a bronca seria maior que deu em Pedro.

Nós, que vivemos como cristãos, temos um dificuldade enorme de nos concentrar e praticar a palavra de Deus. Buscamos sempre a comprovação externa de verdades que são unicamente internas. Buscamos ver certas atitudes, certos comportamentos que seriam a nossa roupagem cristã, mesmo sabendo que os verdadeiros adoradores adoram com seu coração, totalmente desvinculados de lugares e coisas.

Por que somos cristãos? Freqüentamos certos lugares, vestimos determinadas roupas, lemos uma pequena leva de autores “espirituais”, comemos e bebemos coisas “santas”, nos relacionamos com um número X de pessoas, etc. Quanta carga, quanto peso; totalmente desnecessários e impraticáveis em sua essência.

Pedro, durante sua caminha cristã, cometeu um erro grave, e Paulo, abertamente o criticou. Pedro estava ressuscitando o legalismo, estava valorizando as condições externas, vivendo em contradição ao evangelho ensinado por Jesus.

Quantas vezes não fazemos isso, encontramos autoridade “não sei aonde” e criamos novas prerrogativas para o ser cristão: o crente não pode beber, o crente deve fazer isso, o crente deve comer aquilo, etc. O que Jesus pensa disto, será que Ele mudou de idéia?

Ser cristão não está limitado ao universo exterior, onde tudo é palpável, tudo é visível, tudo é explicável. Ser cristão é viver uma nova vida, a partir de um universo todo novo, um universo interior, habitado, arrumado, construído, por Jesus.

Somente quando o universo do nosso coração é habitado por Jesus, temos amor ágape, somente assim somos capazes de entender a fugacidade daquilo que nossos olhos vêem e das coisas que podemos tocar.

Assim, somos capazes de amar o pobre, o rico, o maltrapilho, o limpo, o sujo, o “santo”, o bêbado, tantos outros e entendemos o verdadeiro sentido disso tudo: da igreja, de nós, de Deus e do mundo.

Vivendo assim, somos capazes de sentar na mesa de um bar com aquele velho amigo (ás vezes esquecido) que está prestes a acabar com sua vida, sua família, pois está desempregado, perdido, sem rumo e necessita desesperadamente da nossas palavras sobre Jesus e a salvação que obtivemos através dele. Sentados ali, preocupado somente com ele, e não atentando aos olhos daqueles que conseguem somente ver o universo externo rodeando a mesa, incapazes de ouvir nossas palavras, incapazes de ver o Espírito Santo ardendo em nosso coração, colocando palavras em nossa boca e levemente acariciando o coração e a alma daquele nosso amigo que, possivelmente, aceitará Jesus.

Somente assim, sou capaz de “ser cristão”. Assistindo de primeira mão a reconstrução de meu universo interior pelas mãos do nosso Senhor.

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